A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira, 24 de agosto, uma operação (chamada "Decantação") para desarticular uma quadrilha responsável pelo desvio de R$ 4,5 milhões em recursos federais por meio da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago). Segundo as investigações, as verbas eram destinadas ao pagamento de dívidas políticas de campanhas do PSDB

A Operação Decantação cumpre 120 mandados judiciais em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Formosa e Itumbiara, em Goiás, além. Entre os alvos estão o presidente estadual do PSDB-GO, Afrêni Gonçalves, e o presidente da Saneago, José Taveira Rocha. 

Dirigentes e colaboradores da Saneago fizeram licitações fraudulentas, por meio da contratação de uma empresa de consultoria envolvida no esquema criminoso. A consultoria contratada pela Saneago também é suspeita de favorecer empresas que participavam do conluio e que eram responsáveis, posteriormente, por doações eleitorais.

Dinheiro público federal do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de financiamentos do Bando Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Caixa Econômica Federal foram desviados para pagamento de propinas e dívidas de campanhas políticas.

Cerca de 300 policiais participam dos trabalhos, que que conta com apoio do Ministério Público Federal e do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle. No total são cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 21 de condução coercitiva e 67 de busca e apreensão na sede de empresas envolvidas e do PSDB em Goiânia, além de residências e outros endereços relacionados aos investigados.

Corumbá e Meia Ponte
A investigação teve início com a apuração de fraudes em licitações para o fornecimento de estação elevatória de água do sistema de abastecimento de Luziânia (GO) (Sistema Produtor Corumbá IV). Desdobramentos do trabalho identificaram também irregularidades em licitações e contratos para a ampliação do sistema de esgoto de Goiânia (Sistema Meia Ponte).

O contrato de repasse do Sistema Produtor Corumbá IV envolve recursos de R$ 117,3 milhões. Durante a fiscalização, foi identificado direcionamento de licitação, alteração de quantitativos sem justificativa, inclusão de equipamentos de alto valor e maior reajuste de preços. As irregularidades geraram prejuízo efetivo de mais de R$ 1 milhão e prejuízo potencial de R$ 6 milhões. O valor fiscalizado é de cerca de R$ 45 milhões.

Em relação ao Sistema Meia Ponte, que envolveu aplicação de recursos de R$ 67,4 milhões, o ministério apurou falhas na elaboração de serviços de transporte e descarga de materiais; de formas compensadas para moldagem de concreto armado; de serviços de escavação e carga de material de jazida; além da execução contratual em ritmo lento. Dos pagamentos já efetuados (R$ 16,7 milhões), foi identificado prejuízo efetivo de R$ 3,4 milhões. Também foram fiscalizados recursos em cerca de R$ 30 milhões ainda não pagos, com identificação de prejuízo potencial de R$ 1,7 milhão.

Foto: Divulgação

O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC), a Polícia Federal e o Ministério Público Federal realizaram, nesta quarta-feira, 24 de agosto, a Operação Decantação. Entre os presos estão Afrêni Gonçalves, presidente do PSDB de Goiás, José Taveira Rocha, presidente da Saneamento de Goiás S/A (Saneago) e Robson Salazar, diretor da Saneago. Os três citados estão na foto que ilustram esta matéria.

Além disso, a sede do PSDB-GO foi alvo de busca e apreensão. O objetivo da operação é desarticular organização criminosa que atuava na companhia Saneago e praticava desvios de recursos públicos por meio de fraudes a licitações.

A investigação teve início na apuração de crimes licitatórios para o fornecimento de estação elevatória de água do sistema de abastecimento de Luziânia (Sistema Produtor Corumbá IV). Desdobramentos do trabalho acabaram por identificar também irregularidades em certames e contratos para a ampliação do sistema de esgotamento de Goiânia (Sistema Meia Ponte).

O contrato de repasse do Sistema Produtor Corumbá IV envolve recursos de R$ 117,3 milhões. Em fiscalização do Ministério da Transparência, houve a identificação de direcionamento de licitação, alteração de quantitativos sem justificativa e inclusão de equipamentos de alto valor, bem como o aditamento a maior pelo primeiro reajustamento de preços. As irregularidades geraram prejuízo efetivo de mais de R$ 1 milhão e prejuízo potencial de R$ 6 milhões, de montante fiscalizado de cerca de R$ 45 milhões.

Em relação ao Sistema Meia Ponte, que envolveu aplicação de recursos de R$ 67,4 milhões, o MTFC constatou falhas na elaboração da composição de serviços de transporte e descarga de materiais; de formas compensadas para moldagem de concreto armado; de serviços de escavação e carga de material de jazida; além da execução contratual em ritmo lento. Dos pagamentos já efetuados (R$ 16,7 milhões), foi identificado prejuízo efetivo de R$ 3,4 milhões. Também foram fiscalizados recursos em cerca de R$ 30 milhões ainda não pagos, com identificação de prejuízo potencial de R$ 1,7 milhão.

Estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 21 de condução coercitiva, 67 de busca e apreensão, oito de afastamento de função pública e nove de proibição de comunicação entre investigado. As medidas estão sendo realizadas em Goiás (Goiânia, Aparecida de Goiânia, Formosa e Itumbiara), na capital São Paulo e em Florianópolis (SC). Participam da operação cerca de 330 pessoas, entre policiais federais e auditores do Ministério. 

Leia na íntegra as 56 páginas do relatório do Sistema Meia Ponte clicando aqui.

Leia na íntegra as 15 páginas do relatório do Sistema Sistema Produtor Corumbá IV clicando aqui.

Foto: Divulgação

O presidente do PSDB de Goiás, Afreni Gonçalves, foi preso na Operação Decantação, deflagrada pela Polícia Federal (PF) hoje, 24 de agosto. Também é alvo de mandado de prisão José Taveira Rocha, presidente da Saneago, que também foi secretário da Fazenda do governador Marconi Perillo, do PSDB. A sede do partido também é alvo de buscas pela PF.

Além da sede do PSDB em Goiás, a PF cumpre busca e apreensão na sede de empresas envolvidas e em outros endereços em três Estados: Goiás (nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Formosa e Itumbiara), Santa Catarina (Florianópolis) e São Paulo (capital). Cerca de 300 policiais federais cumprem 15 mandados de prisão, 21 de condução coercitiva e 67 de busca e apreensão. 

As ações fazem parte da Operação Decantação, que tenta desarticular organização criminosa que desviou R$ 4,5 milhões em recursos federais da Saneago para campanhas políticas. Desvios na Saneago envolvem dinheiro de obras no sistema de abastecimento de Luziânia (Corumbá IV) e Goiânia (Meia Ponte).

A investigação teve início com a apuração de fraudes em licitações para o fornecimento de estação elevatória de água do sistema de abastecimento de Luziânia (GO) (Sistema Produtor Corumbá IV). Desdobramentos do trabalho identificaram também irregularidades em licitações e contratos para a ampliação do sistema de esgoto de Goiânia (Sistema Meia Ponte).

O contrato de repasse do Sistema Produtor Corumbá IV envolve recursos de R$ 117,3 milhões. Durante a fiscalização, foi identificado direcionamento de licitação, alteração de quantitativos sem justificativa, inclusão de equipamentos de alto valor e maior reajuste de preços. As irregularidades geraram prejuízo efetivo de mais de R$ 1 milhão e prejuízo potencial de R$ 6 milhões. O valor fiscalizado é de cerca de R$ 45 milhões.

Em relação ao Sistema Meia Ponte, que envolveu aplicação de recursos de R$ 67,4 milhões, o ministério apurou falhas na elaboração de serviços de transporte e descarga de materiais; de formas compensadas para moldagem de concreto armado; de serviços de escavação e carga de material de jazida; além da execução contratual em ritmo lento. Dos pagamentos já efetuados (R$ 16,7 milhões), foi identificado prejuízo efetivo de R$ 3,4 milhões. Também foram fiscalizados recursos em cerca de R$ 30 milhões ainda não pagos, com identificação de prejuízo potencial de R$ 1,7 milhão.

Segundo as investigações, servidores da Saneago promoveram licitações públicas fraudulentas por meio da contratação de uma consultoria envolvida no esquema. Teriam sido desviados recursos oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa Econômica Federal para o pagamento de propina e dívidas de campanha do PSDB em Goiás. A operação também apura se o dinheiro foi usado em doações eleitorais.

Os crimes apontados pelos investigadores são peculato, corrupção passiva e ativa, organização criminosa e fraudes em processos licitatórios. O nome da operação é uma alusão a um dos processos de tratamento de água, em que ocorre a separação de elementos heterogêneos.


A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira, 24 de agosto, uma operação (chamada "Decantação") para desarticular uma quadrilha responsável pelo desvio de R$ 4,5 milhões em recursos federais por meio da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago). Segundo as investigações, as verbas eram destinadas ao pagamento de dívidas políticas de campanhas do PSDB.

Entre os presos está um dos coordenadores da campanha de Vanderlan Cardoso (PSB) à Prefeitura de Goiânia. Trata-se de Afrêni Gonçalves, presidente do PSDB-GO, que foi quem mais incentivou dentro do PSDB que o partido apoiasse Vanderlan nas eleições deste ano. 

Segundo a Polícia Federal, dirigentes e colaboradores da Saneago fizeram licitações fraudulentas, por meio da contratação de uma empresa de consultoria envolvida no esquema criminoso. A consultoria contratada pela Saneago também é suspeita de favorecer empresas que participavam do conluio e que eram responsáveis, posteriormente, por doações eleitorais.

Dinheiro público federal do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de financiamentos do Bando Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Caixa Econômica Federal foram desviados para pagamento de propinas e dívidas de campanhas políticas.

Todos os nomes acima foram alvo de busca e apreensão. Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e fraudes em processos licitatórios. Também foi determinado o afastamento da função pública de oito servidores e a proibição de comunicação entre nove envolvidos. Ao todo, a Operação Decantação cumpre 120 mandados judiciais em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Formosa e Itumbiara, em Goiás, além.

Veja lista de quem foi preso hoje pela Polícia Federal em Goiás

Foto: Divulgação

A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira, 24 de agosto, uma operação (chamada "Decantação") para desarticular uma quadrilha responsável pelo desvio de R$ 4,5 milhões em recursos federais por meio da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago). Segundo as investigações, as verbas eram destinadas ao pagamento de dívidas políticas de campanhas do PSDB.

Veja, abaixo, a lista dos principais alvos dessa operação:

Prisão temporária:
José Taveira Rocha, presidente da Saneago
Robson Borges Salazar
Afrêni Gonçalves Leite, presidente estadual do PSDB-GO (na foto)
Nilvane Tomas de Sousa Costa

Prisão Preventiva:
Ridávia Matos Azevedo
José Raimundo Alves Gontijo
Emmanuel Domingos Peixoto
José Vicente da Silva
Luiz Humberto Gonçalves
Frederico José Navarrete Lavers
Gilberto Richard de Oliveira
Rafael Santa Ferreira Sá
Charles Humberto de Oliveira
Eduardo Henrique de Deus
Carlos Eduardo Pereira da Costa

Todos os nomes acima foram alvo de busca e apreensão. Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e fraudes em processos licitatórios. Também foi determinado o afastamento da função pública de oito servidores e a proibição de comunicação entre nove envolvidos. Ao todo, a Operação Decantação cumpre 120 mandados judiciais em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Formosa e Itumbiara, em Goiás, além. 

Dirigentes e colaboradores da Saneago fizeram licitações fraudulentas, por meio da contratação de uma empresa de consultoria envolvida no esquema criminoso. A consultoria contratada pela Saneago também é suspeita de favorecer empresas que participavam do conluio e que eram responsáveis, posteriormente, por doações eleitorais.

Dinheiro público federal do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de financiamentos do Bando Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Caixa Econômica Federal foram desviados para pagamento de propinas e dívidas de campanhas políticas.

A investigação teve início com a apuração de fraudes em licitações para o fornecimento de estação elevatória de água do sistema de abastecimento de Luziânia (GO) (Sistema Produtor Corumbá IV). Desdobramentos do trabalho identificaram também irregularidades em licitações e contratos para a ampliação do sistema de esgoto de Goiânia (Sistema Meia Ponte).

O contrato de repasse do Sistema Produtor Corumbá IV envolve recursos de R$ 117,3 milhões. Durante a fiscalização, foi identificado direcionamento de licitação, alteração de quantitativos sem justificativa, inclusão de equipamentos de alto valor e maior reajuste de preços. As irregularidades geraram prejuízo efetivo de mais de R$ 1 milhão e prejuízo potencial de R$ 6 milhões. O valor fiscalizado é de cerca de R$ 45 milhões.

Em relação ao Sistema Meia Ponte, que envolveu aplicação de recursos de R$ 67,4 milhões, o ministério apurou falhas na elaboração de serviços de transporte e descarga de materiais; de formas compensadas para moldagem de concreto armado; de serviços de escavação e carga de material de jazida; além da execução contratual em ritmo lento. Dos pagamentos já efetuados (R$ 16,7 milhões), foi identificado prejuízo efetivo de R$ 3,4 milhões. Também foram fiscalizados recursos em cerca de R$ 30 milhões ainda não pagos, com identificação de prejuízo potencial de R$ 1,7 milhão.

Veja, abaixo, a lista dos principais alvos dessa operação:

Prisão temporária:
José Taveira Rocha, presidente da Saneago
Robson Borges Salazar, diretor da Saneago
Afrêni Gonçalves Leite, presidente do PSDB-GO e diretor da Saneago
Nilvane Tomas de Sousa Costa

Prisão Preventiva:
Ridávia Matos Azevedo
José Raimundo Alves Gontijo
Emmanuel Domingos Peixoto
José Vicente da Silva
Luiz Humberto Gonçalves
Frederico José Navarrete Lavers
Gilberto Richard de Oliveira
Rafael Santa Ferreira Sá
Charles Humberto de Oliveira
Eduardo Henrique de Deus
Carlos Eduardo Pereira da Costa

Além da sede do PSDB de Goiás, todos os nomes acima foram alvo de busca e apreensão.