O próximo passo é buscar reconhecimento legal da instituição e garantir segurança à população vulnerável do local


Com o objetivo de conceder respaldo jurídico aos moradores das Ruas Cinco e Seis do assentamento 26 de Setembro de Vicente Pires, região administrativa do DF, o empresário de Brasília Tabanez e o advogado dele, se reuniram nessa quinta-feira (3) com os moradores da região. O intuito é de colher assinaturas para montar uma associação na região e, assim, estudar formas de evitar as derrubadas de casas no local. 

Fotos: Renato Lira.

“Isso foi um grande passo para aqueles que temem perder o lar. Ontem começou a demolir e a população trabalhadora não tinha apoio legal para impedir o acontecimento”, relembra Tabanez, que acolheu aos anseios dos moradores, uma vez que ele afirma que as pessoas de lá pediram apoio para todos os deputados eleitos. No entanto, não houve resposta. “Então, como empresário, resolvi apoiá-los, porque discordo totalmente dessa derrubada arbitrária da forma que é feita, sem aviso, nem nada”, disse.

O empresário brasiliense Tabanez afirma que entre os principais objetivos da associação está o de assegurar o direito de cada um desses moradores, bem como amenizar o uso da força policial. “Foi assim que resolvemos ir lá para tentar auxiliá-los”, comenta o policial aposentado.

Atualmente, a Associação dos Moradores da Rua Cinco e da Rua Seis da 26 de Setembro de Vicente Pires, possui 20 membros e a população total das duas ruas contabiliza 5 mil, segundo Tabanez. Ele garante que, cada vez mais, os habitantes estão empenhados em obter direitos básicos, como o de ter uma casa sem ser demolida. “Nós estamos preocupados, principalmente, com crianças e idosos que moram ali, pois há o uso de bombas e gás lacrimogêneo”, explica.

O próximo ato é buscar o reconhecimento da associação em cartório e depois disso tirar o CNPJ, para assim, ser uma instituição jurídica reconhecida para que finalmente haja possibilidade de fazer os trabalhos inerentes, como melhorias para região e combate à grilagem. “A associação é contra a grilagem de terra. Nossa meta é garantir a moradia para quem vive há muito tempo no local”, finaliza.