Ações nas ruas para ensinar as pessoas a identificar sinais de sofrimento emocional e três Projetos de Lei


O suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Distrito Federal, os casos de suicídios caíram 15% em 2019, mas as tentativas cresceram 22%. O vice-presidente da Câmara Legislativa, deputado Delmasso (Republicanos-DF) é o autor de três Projetos de Lei que tratam da prevenção ao suicídio no DF.

Uma das propostas cria a Política de Educação Digital nas Escolas, a Cidadania Digital. O Projeto de Lei 579/2020 tem o objetivo de implementar uma tecnologia educacional que garanta a filtragem adequada da internet, ajudando no combate ao suicídio.

O distrital também é autor do Projeto de Lei 1641/2017 que estabelece a Notificação Compulsória dos casos de tentativa de suicídio, atendidos na rede de saúde, pública ou privada. A proposta é criar uma forma de registro de todos os casos que passarem por qualquer estabelecimento de saúde do DF.

Outro projeto de Delmasso trata do estímulo a ações de combate a jogos, brincadeiras, ou eventos que induzam os jovens às mutilações corporais e até o suicídio. O objetivo do PL 1405/2020 é auxiliar a comunidade escolar, pais, familiares e responsáveis, a identificarem comportamentos estranhos e conscientizarem os adolescentes sobre as consequências desses atos, que podem ser fatais.

Em setembro do ano passado, Delmasso e sua equipe promoveram uma ação na rodoviária do Plano Piloto, para entregar flyers e orientar a população no combate ao suicídio: “Em 2019 eu e a minha equipe fomos às ruas para ajudar na prevenção ao suicídio e automutilação no DF, e também para orientar a como agir nesses casos. Conversamos com as pessoas e ouvimos muitos relatos, precisamos cuidar dos nossos jovens, não podemos ficar parados.

A campanha Setembro Amarelo

O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. No Brasil, foi criado em 2015 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), com a proposta de associar à cor ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro).

Para Delmasso a campanha não pode ser lembrada só neste mês, mas sim durante todo o ano. Esse assunto precisa ser constante na sociedade. “Sabemos que a pessoa que comete o suicídio não queria de fato morrer. Mas queria o fim de uma dor emocional, com a qual não sabia lidar. Elas querem ajuda! Por isso, a campanha Setembro Amarelo é fundamental para ensinar as pessoas a perceberem os sinais de quem está passando por esse sofrimento emocional e intervir a tempo”.