Especialistas alertam para sintomas da tuberculose em meio à pandemia

A prevenção de doenças respiratórias tem ganhado destaque por conta da pandemia do novo coronavírus. No Dia Mundial de Combate à Tuberculose, lembrado 23 de março,  especialistas ressaltam para os cuidados de prevenção e lembram que apesar dos sintomas semelhantes aos da covid-19, a tuberculose é considerada, há algum tempo, um problema de saúde pública. Os dados do Ministério da Saúde revelam que, no Brasil, todos os anos, os casos somam 70 mil, e os óbitos chegam a cerca de 4.500 pessoas.


“A Tuberculose é uma doença infecciosa causada por um tipo de bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis —  e é transmitida de forma aérea, por meio de aerossóis (partículas líquidas minúsculas) oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse”, explica o infectologista e consultor médico do Grupo Sabin, Alexandre Cunha. 


Apesar de ser comumente associada ao acometimento do pulmão, de acordo com o médico especialista, a doença pode afetar outros membros, como os rins e o sistema nervoso central.


“A tosse é o sintoma mais comum da enfermidade, mas também podem manifestar febre e sudorese noturna, perda de peso e, se a tuberculose afetar outros órgãos, ter vários outros sintomas”, afirma o médico. 


Uma das novidades no combate à doença é a recomendação da OMS para expansão dos testes diagnósticos e tratamento da tuberculose latente. A TB latente é uma condição em que o indivíduo está infectado pela bactéria, mas não apresenta sintomas. No entanto, essa pessoa apresenta um alto risco de desenvolver a doença no futuro. 


Diagnóstico 


Atualmente existem dois exames recomendados pela OMS para o diagnóstico da TB latente: a prova tuberculínica (conhecido como PPD) e o interferon-gamma release assay (conhecido como IGRA). Apenas o primeiro está disponível na rede pública de saúde e o outro é encontrado somente na rede particular.

Uma das estratégias fundamentais do órgão internacional é diagnosticar e tratar as pessoas com maior risco de desenvolvimento da doença. “Por isso também ampliou o número de grupos prioritários e está recomendando dois novos regimes de tratamento, mais curtos, para tratar a infecção”, informa o infectologista.

No Sabin, o IGRA é realizado a partir de uma amostra de sangue, coletada sem a necessidade de jejum (ensaio imunoenzimático). O resultado é entregue em até 7 dias úteis.