Ainda sofrendo as consequências em decorrência da pandemia do coronavírus, muitas empresas acabam tendo que fazer um planejamento geral para poder continuar gerando lucro. Não só problemas relacionados ao vírus, entretanto, com quase um ano de hiato, as corporações tiveram que lidar com várias situações de uma vez só.

Uma delas, se refere à comunicação interpessoal. Com o nosso mundo globalizado, esse é o século em que as gerações mais sofreram diferenças. Uma pessoa de 40 anos, atualmente, tem muita dificuldade em se relacionar com uma de 18, por exemplo. Houve um crescimento gigantesco quanto às tecnologias que colocou um marco entre um período de tempo e outro.

Segundo Paulo Dalla Stella, coach profissional, “dentro de um ambiente organizacional, pessoas da geração “Baby Boomer” nascidos entre os anos de 1946 e 1964 convivem ainda atualmente com membros da geração Z, formada de jovens nascidos entre 1995 e 2010. Por conta das mudanças comportamentais destes jovens causada em conexão com mudanças radicais e exponenciais em tecnologia nas últimas décadas, o convívio entre estas diferentes gerações marcadas principalmente pelas diferenças em expectativas e percepção do mundo como um todo, vem causando conflitos dentro das empresas que, se não atendidos, poderão ao fim afetar o lucro dessas corporações”.

Para lidar com essas relações mal definidas, é importante colocar em pauta algumas habilidades de convívio. O Soft Skills é um termo que  pode ser traduzido como “habilidades sociais” e representa aquele conjunto de habilidades específicas em relacionamentos com outras pessoas que garantem um ambiente de trabalho e ou de interação social leve, marcado por cooperação entre seus membros e livre de discórdia e competição desnecessária.

Podendo também ser definido como habilidades inter-relacionais, colocar em prática os Soft Skills envolve um alto grau de inteligência emocional. Através de conhecimento de si próprio e empatia com terceiros, com ele é possível garantir sucesso nas relações interpessoais. “Uma boa interação entre os colaboradores de uma empresa, independente da idade, reflete em bons resultados para a marca”, explica o especialista.

As diferenças de comportamento de diferentes gerações dentro de uma empresa não surgem lá. Esses modos de ação entre um e outro grupo de determinada idade ocorrem no dia a dia em diversas situações. Mesmo dentro de casa, pais e filhos têm uma grande defasagem no que se refere à uma comunicação assertiva. “Levar isso para o ambiente de trabalho pode não só gerar problemas pessoais entre um e outro colaborador, mas também gerar prejuízos à própria empresa”, ressalta Paulo. 

O treinamento de soft skills empregado às empresas visa ajudar tanto membros de gerações mais antigas quanto o de gerações novas. Com essa mentoria, ambos aprendem a conviver uns com os outros, a nivelar expectativas de desempenho dentro das empresas e a garantindo assim o bem estar geral, já que propicia situações positivas e lucro para as empresas.

Um problema de comunicação organizacional pode ser um problema grave em uma corporação. “Colocar em pauta o bem estar dos empregados, para a empresa, é priorizar a produtividade. Com profissionais que se relacionam bem, tempo é poupado e, com isso, dinheiro também”, finaliza.

Paulo Dalla Stella
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