Sabemos que a educação moderna e de qualidade muda efetivamente os destinos de um povo. Entretanto, o jornal O Estado de São Paulo publicou no dia 27/4/2021, nar coluna Estado/Educação,  que o governo de São Paulo estima que levará  11 anos para recuperar a aprendizagem perdida em Matemática durante a Pandemia da Covid 19 nos anos iniciais do Ensino Fundamental



Por Walter Brito*        

Vale lembrar que durante toda pandemia o deputado Castello Branco (PSL-SP) subiu à tribuna por diversas vezes para alertar o governo de São Paulo sobre os cuidados com o ensino nas escolas, os cancelamentos mal planejados de aulas, pois correríamos o risco de a atual geração passar para a história como Geração Perdida. Neste sentido perdemos uma janela de aprendizado -  única em neurociência educacional, o que chamamos de período de ouro das sinapses cerebrais, ou seja: 80% delas ocorrem entre o nascimento e os 16 anos no máximo. E mais, de 0 aos 10 anos é de fato  o melhor período da relação ensino - aprendizagem. Dificilmente se recupera o conteúdo perdido nesta faixa etária.            

Recentemente, o deputado Castello Branco protocolou na ALESP o Projeto nº 227, de 2021,  que propõe inovar a educação do Estado de São Paulo imediatamente por meio da Educação 5.0, o que poderá servir de modelo para todo o país, além  de avançar 20 anos em apenas cinco anos de trabalho.  

Trata-se da evolução do termo anterior, a Educação 4.0, baseada em 4 pilares, agora baseada em 5 pilares, a saber:
  1. Modelo Sistêmico de Educação: avaliar o contexto atual e estabelecer estratégias para construir um plano de inovação  efetivo.
  2. Mudança no Senso Comum:  Utilizar referenciais que abordam a educação do ponto de vista científico e tecnológico.
  3. Engenharia e Gestão do Conhecimento: analisar as competências e habilidades dos alunos, compreender como se dá o desenvolvimento humano através da produção e do conhecimento tácito e conhecimento explícito e construir linguagens digitais que se harmonizem com as características da cultura.
  4. Cibercultura: preparar o ambiente de aprendizagem, seja presencial, remoto ou mesclado, mas que ofereça um novo modelo de educação, moderno e de interação com as mídias digitais.
O conceito 5.0 surgiu no Japão em 2016 e seu principal objetivo é  utilizar o valor criativo e tecnológico humano para melhorar a vida das pessoas, também  conhecido como Cultura Maker: " qualquer pessoa com as ferramentas certas e dotadas do devido conhecimento   poderá criar  suas próprias soluções" .   É  aí  que o aluno se inspira e ao mesmo tempo se capacita para entrar no concorrido e hoje exigente mercado do empreendedorismo.                                

*Walter Brito é jornalista e coordenador de comunicação do Fórum Nacional para Educação 5.0.