O valor da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Campo Mourão em maio é de R$ 656,73, queda de 3,60% em relação a abril, quando custava R$ 681,27.
Mesmo assim, quem recebe o piso estabelecido por lei precisa trabalhar 119 horas e 12 minutos para adquirir a cesta de alimentos para seu sustento. Em maio, o valor da cesta básica representa 58,58% do salário mínimo líquido.
Os dados foram divulgados pelo Centro Universitário Integrado - por meio do Departamento de Pesquisa do Grupo de Pesquisadores do Núcleo de Empreendedorismo, Pesquisa e Extensão (NEPE) - em parceria com o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão (Codecam). Este é o segundo mês que o índice é calculado no município.
O indicador, denominado como ICB – Grupo Integrado de Campo Mourão, segue de forma adaptada a metodologia que o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) adota para a pesquisa nacional da cesta básica de alimentos.
“Ao aplicar tal metodologia, torna-se possível comparar os resultados do município com os dados nacionais, servindo também como importante indicador econômico para trabalhadores, empresas, entidades, academia e poder público dos municípios”, explica Fabrício Pelloso Piurcosky, coordenador do NEPE.
Variação de preços
Considerando a pesquisa realizada no mês de abril de 2022, a cidade de Campo Mourão teve uma diminuição de 3,60% no valor da cesta básica.
Dentre os fatores que contribuíram para essa redução destacam-se a queda de 14% no valor do arroz, a diminuição de 23% no valor do legume (tomate), cuja safra de inverno começou em abril e trouxe alívio aos bolsos dos mourãoenses, e baixa de 7% no leite integral.
Também caíram de preço a carne bovina (2,73%), a banana (5,36%), o açúcar refinado (2,89%) e o óleo de soja (0,10%).
Na pesquisa de maio verificou-se aumento de preços em relação ao mês de abril em seis produtos. “A batata subiu 9% em virtude das chuvas e alta demanda na Semana Santa. A farinha de trigo ficou 5% mais cara – lembrando que o Brasil não produz todo o trigo que consome, e por isso precisa recorrer ao mercado internacional. Por consequência, o pão francês subiu 7%”, explica a secretária executiva do Codecam, Jackelline Favro.
“O café teve valorização de 3% - ocasionado pela valorização do dólar diante do real e a alta dos preços internacionais – o feijão carioquinha subiu 2,14% e a manteiga, 8%”, completa Jackelline.
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