A visita da Sra. Azatui Simonyan à cidade de São Paulo, que se apresentou como conselheira das questões da diáspora do chamado “Presidente de Artsakh”, que é uma entidade promovida pelos armênios, e a Sra. Simonyan participou da cerimônia de inauguração do  monumento das “vítimas” do conflito armênio-azerbaijanês no pátio da Catedral Ortodoxa Armênia de São Jorge, levantantando, também, a “bandeira” da chamada entidade junto com as bandeiras da Armênia e do Brasil é inaceitável no momento em que estão sendo tomadas as medidas para normalizar as relações entre o Azerbaijão e a Armênia.

 

Ao submeter à limpeza étnica de cerca de um milhão de azerbaijaneses de suas terras e violar os direitos fundamentais dessas pessoas por quase 30 anos, cometendo inúmeros crimes de guerra durante a agressão militar, incluindo o assassinato brutal de 613 civis na cidade de Khojaly do Azerbaijão, o lado armênio com suas tentativas de fugir de sua responsabilidade pelos seus numerosos crimes, continua a ser responsável pelo destino de cerca de 4.000 azerbaijaneses que desapareceram durante o conflito no início da década de 90. Condenamos veementemente as atividades do lado armênio de desinformar o público brasileiro ao realizar ações divisivas no território do país democrático e multicultural que é a República Federativa do Brasil.

 

A utilização do território brasileiro para tais atividades, a permissão de entrada no Brasil de uma pessoa que se diz “representante” da entidade não reconhecida e o hasteamento da “bandeira” da referida entidade, que não é reconhecida por nenhum país do mundo, não corresponde ao espírito das relações bilaterais entre o Azerbaijão e o Brasil reguladas por normas e princípios jurídicos internacionais.

Este passo da diáspora armênia, que em violação do direito internacional promove o separatismo no território do Azerbaijão, pode ser avaliado como uma interferência nos assuntos internos de outro Estado e contraria os esforços da construção da paz na região, e demonstra que a real intenção do lado armênio não é a normalização da situação e a convivência pacífica.

 

As relações entre o Azerbaijão e o Brasil sempre se desenvolveram de forma constante e continuam a crescer. A última rodada de consultas políticas realizadas no Brasil no mês passado entre o Ministério de Relações Exteriores dos dois países é um exemplo claro disso. Sob esse prisma, a provocação da diáspora local pode ser visto como uma tentativa de ofuscar as relações bilaterais.

 

Independentemente da posição da Armênia, o Azerbaijão continuará avançando em direção ao desenvolvimento e progresso dentro de suas fronteiras internacionais, de acordo com suas obrigações e do direito internacional.