Para o José Roberto Colnaghi o setor é o principal responsável pelos bons resultados conquistados em 2024

 

José Roberto Colnaghi, sócio presidente da Colpar Brasil, avalia o setor da indústria, sendo um dos setores que impulsionou a economia em 2024

Os resultados da economia em 2024 superaram as expectativas previstas para o ano. O crescimento de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em relação ao ano anterior, totalizando R$ 11,7 trilhões, foi bem acima da expectativa de pouco mais de 1,5% feita pelos especialistas do mercado.

“Este resultado tem o impulso da retomada da indústria de transformação. O setor industrial não só apresentou uma recuperação significativa como, no ano passado, puxou as exportações brasileiras”, diz o empresário José Roberto Colnaghi, Presidente do Conselho Administrativo da Colpar Brasil.

O avanço da indústria foi impulsionado especialmente pelos setores de bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos, e de bens de capital, que representa os investimentos empresariais em máquinas e equipamentos.

“O aumento da renda das famílias e a expansão do crédito foram decisivos para essa recuperação”, garante José Roberto Colnaghi. O aquecimento do mercado de trabalho e a massa salarial crescendo foram determinantes para o maior consumo.

 

José Roberto Colnaghi, sócio presidente da Colpar Brasil, avalia o setor da indústria, sendo um dos setores que impulsionou a economia em 2024
José Roberto Colnaghi, Colpar Brasil (Foto: Divulgação/Colpar Brasil)

Obstáculos economicos

Desafios relevantes, porém, também permearam 2024 e continuam em 2025. “Indicadores econômicos importantes como inflação, juros e câmbio tiveram resultado bem piores do que o esperado”, lembra José Roberto Colnaghi.

Da mesma forma, no início de 2024, a expectativa do mercado era de uma taxa Selic por volta de 9%. Os juros estão hoje em 14,25% ao ano e ainda tem previsão e altas para as próximas duas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Os dados negativos se explicam em função da preocupação dos agentes econômicos com a situação fiscal do país. A dívida pública brasileira segue em trajetória ascendente, se aproximando de 80% do PIB, considerando os três poderes da União, estados e municípios. Pior: a expectativa é que continue crescendo a curto prazo.